Entender corretamente os documentos fiscais é uma das bases para manter uma empresa regular, segura e financeiramente organizada. Mesmo assim, muitos empresários ainda têm dúvidas sobre quais documentos fiscais existem, quando utilizá-los e quais riscos surgem ao usá-los de forma incorreta.
Neste guia completo, a Sol Azul Contabilidade, referência em assessoria contábil e fiscal, explica de forma clara e prática quais são os principais documentos fiscais, para que servem e como utilizá-los corretamente no dia a dia da empresa.

O que são documentos fiscais e para que eles servem?
Documentos fiscais são registros oficiais que comprovam operações comerciais, prestações de serviços, circulação de mercadorias e recolhimento de tributos.
Eles servem para:
- Comprovar receitas e despesas
- Calcular e recolher impostos corretamente
- Garantir a legalidade das operações
- Evitar multas e penalidades fiscais
- Dar transparência à contabilidade da empresa
Sem a emissão correta dos documentos fiscais, a empresa fica exposta a autuações, bloqueios e problemas com o Fisco.

Quais são os principais tipos de documentos fiscais utilizados pelas empresas?
As empresas precisam emitir documentos fiscais adequados a cada tipo de operação, seja venda de produtos, prestação de serviços ou transporte de mercadorias. Cada documento tem função específica, garante conformidade tributária e evita problemas com o fisco.
1. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica)
A NF-e é usada em vendas de produtos e transferências de mercadorias, tanto para outras empresas quanto para operações interestaduais ou remessas. Ela documenta a circulação de mercadorias e é fundamental para o recolhimento correto de ICMS, IPI, PIS e COFINS.
Exemplos de uso: venda de produtos para clientes, remessa para industrialização, devolução de mercadorias, transferência entre filiais.
2. NFS-e (Nota Fiscal de Serviço Eletrônica)
A NFS-e é utilizada em prestação de serviços listados na Lei Complementar nº 116/2003. É obrigatória para empresas que prestam serviços de consultoria, contabilidade, tecnologia, manutenção, limpeza, entre outros.
Tributo principal: ISS, além de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL, dependendo do regime tributário.
Se houver operação mista (produto + serviço), pode ser necessário emitir mais de um documento fiscal.
3. Cupom Fiscal (NFC-e ou ECF)
O Cupom Fiscal é destinado a vendas diretas ao consumidor final, especialmente no varejo.
- NFC-e: Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica, modelo mais moderno e utilizado em lojas físicas, mercados, farmácias e restaurantes.
- ECF: Em alguns estados, ainda usado como equipamento fiscal antigo.
O cupom fiscal não substitui a NF-e em vendas para outras empresas ou quando o cliente solicita nota fiscal completa.
4. CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico)
O CT-e é usado para documentar a prestação de serviço de transporte de mercadorias.
Quem emite: transportadoras ou empresas que realizam transporte por conta própria.
Tributo principal: ICMS sobre transporte.
5. MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais)
O MDF-e acompanha a carga durante o transporte, reunindo todas as NF-e ou CT-e de uma viagem. É obrigatório em operações interestaduais ou intermunicipais e evita problemas com fiscalização.
Circular sem MDF-e pode gerar multa, retenção da mercadoria e apreensão do veículo.
6. Outros documentos fiscais importantes
- Nota Fiscal Avulsa (NFA): usada por pequenas empresas ou contribuintes que não emitem NF-e regularmente.
- Nota Fiscal de Produtor Rural: para venda de produtos agrícolas.
- Recibo de Serviços ou RPS (em alguns municípios): para emissão de NFS-e em lotes.

Quando usar cada documento fiscal na prática?
O uso correto dos documentos fiscais depende diretamente da atividade exercida pela empresa e da natureza da operação realizada. Cada tipo de movimentação seja venda, prestação de serviço ou transporte exige um documento específico.
A escolha incorreta pode resultar em pagamento indevido de impostos, inconsistências fiscais e até autuações pelos órgãos fiscalizadores.
Venda de produto → NF-e (Nota Fiscal Eletrônica)
A NF-e deve ser utilizada sempre que houver circulação de mercadoria, independentemente de existir cobrança ou não. Esse documento é obrigatório tanto em operações entre empresas quanto em movimentações como remessa, devolução ou transferência entre filiais.
Estão sujeitas à NF-e as vendas realizadas dentro do estado, interestaduais ou para exportação. Nessa operação, os principais tributos envolvidos são ICMS, IPI (quando aplicável), PIS e COFINS. Um erro comum é emitir NFS-e para venda de produtos, o que pode gerar recolhimento incorreto de ISS e problemas fiscais futuros.
Prestação de serviço → NFS-e (Nota Fiscal de Serviço Eletrônica)
A NFS-e deve ser emitida sempre que a empresa realizar uma prestação de serviço prevista na Lei Complementar nº 116/2003. Esse documento é comum em atividades como serviços contábeis, consultoria, tecnologia, manutenção e limpeza, entre outros. O principal tributo incidente é o ISS, além de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL, conforme o regime tributário adotado.
É fundamental atenção às operações mistas, que envolvem produto e serviço, pois em alguns casos pode ser necessário emitir mais de um documento fiscal para atender corretamente à legislação.
Venda no varejo → Cupom Fiscal (NFC-e ou ECF)
O Cupom Fiscal é utilizado nas vendas realizadas diretamente ao consumidor final, especialmente no comércio varejista. Atualmente, o modelo mais utilizado é a NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica), embora alguns estados ainda permitam o uso do ECF.
Esse documento é comum em lojas físicas, mercados, farmácias e restaurantes. Vale destacar que o cupom fiscal não substitui a NF-e quando a venda é feita para outra empresa ou quando o cliente solicita a emissão da nota fiscal completa.
Transporte de mercadorias → CT-e e MDF-e
Quando há transporte de mercadorias, dois documentos fiscais são indispensáveis. O CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico) é utilizado para documentar a prestação do serviço de transporte, sendo emitido por transportadoras ou empresas que realizam transporte por conta própria, conforme a legislação.
Sobre essa operação incide ICMS. Já o MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais) é obrigatório para acompanhar a carga durante o transporte, reunindo em um único documento todas as NF-e ou CT-e vinculadas à viagem.
O MDF-e é exigido, principalmente, em operações interestaduais e intermunicipais, e a sua ausência pode resultar em multas, retenção do veículo e apreensão da mercadoria.
Por que escolher o documento fiscal correto é essencial?
Utilizar o documento fiscal adequado garante conformidade legal, evita tributação indevida, reduz riscos de autuações fiscais e assegura uma escrituração contábil correta.
Para isso, é fundamental contar com um ERP bem parametrizado e com o apoio de profissionais contábeis especializados, garantindo segurança fiscal e tranquilidade para a empresa.
Quais são os riscos de usar documentos fiscais de forma incorreta?
Emitir ou deixar de emitir documentos fiscais corretamente pode causar:
- Multas elevadas
- Juros e penalidades
- Problemas na escrituração contábil
- Bloqueio do CNPJ
- Dificuldade para obter crédito
Por isso, o acompanhamento contábil especializado é indispensável.

Por que confiar na Sol Azul para cuidar dos seus documentos fiscais?
A Sol Azul Contabilidade atua com experiência prática, expertise técnica e autoridade no setor contábil, garantindo que seus clientes utilizem os documentos fiscais corretos em cada operação e estejam sempre em conformidade com a legislação vigente. Mais do que cumprir obrigações, a atuação da Sol Azul é estratégica e preventiva, focada na proteção do negócio e na otimização da gestão tributária.
A segurança fiscal começa pela análise correta da atividade da empresa, considerando o modelo de negócio, o tipo de operação realizada, o regime tributário e as exigências legais específicas de cada município e estado.
A partir desse diagnóstico, a Sol Azul realiza a definição precisa dos documentos fiscais adequados, evitando erros comuns como a emissão incorreta de notas, enquadramentos equivocados e recolhimento indevido de impostos.
Outro diferencial está na orientação preventiva, que antecipa riscos e evita problemas antes que eles aconteçam. A Sol Azul acompanha de perto a rotina fiscal do cliente, esclarecendo dúvidas, ajustando processos e garantindo que a emissão de documentos esteja alinhada às boas práticas contábeis.
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