Declarar Bitcoin no Imposto de Renda ainda gera muitas dúvidas entre investidores. Afinal, a Receita Federal já considera os criptoativos como bens, e omitir informações pode resultar em multas e até problemas fiscais. Por isso, contar com a expertise de uma contabilidade especializada, como a Sol Azul Contabilidade, é a forma mais segura de cumprir suas obrigações.
Neste guia, você vai aprender como declarar Bitcoin no IR, quais documentos são necessários, os erros mais comuns a evitar e por que contar com profissionais experientes faz toda a diferença.

O que a Receita Federal exige sobre a declaração de Bitcoin no imposto de renda?
A Receita Federal trata o Bitcoin e outras criptomoedas como bens e direitos, não como moeda estrangeira. Isso muda completamente a forma de declarar, porque obriga o contribuinte a informar a posse dos ativos, mesmo que não tenha realizado nenhuma venda ou lucro no ano. Vamos entender melhor cada exigência:
1. Devem ser informados na ficha “Bens e Direitos”
- O local correto da declaração é a Ficha Bens e Direitos.
- Existe um código específico (08 – Criptoativos – Bitcoin) que deve ser selecionado.
- O contribuinte deve informar:
- Quantidade de Bitcoins adquiridos;
- Data da compra;
- Valor pago em reais na aquisição, ou seja, o custo de aquisição, e não o valor de mercado.
- Quantidade de Bitcoins adquiridos;
Isso significa que não adianta olhar quanto o Bitcoin está valendo no dia 31/12 para lançar na declaração. O que conta é o preço que você pagou no momento da compra.
2. Movimentações acima de R$ 35 mil mensais podem gerar tributação
- Se o contribuinte vender mais de R$ 35 mil em Bitcoins dentro de um mesmo mês, precisa verificar se houve lucro (ganho de capital).
- Caso exista lucro, será necessário recolher imposto de renda sobre ganho de capital, com alíquotas que variam de 15% a 22,5%, dependendo do valor.
- Esse cálculo não é feito diretamente no programa da Receita Federal, mas sim no GCAP (Programa de Apuração de Ganhos de Capital). Depois, os dados são importados para a declaração anual.
Exemplo prático: se você vendeu R$ 40 mil em Bitcoins em um único mês e teve lucro de R$ 5 mil, deve recolher o imposto sobre esse ganho.
3. Mesmo sem lucro, a posse precisa ser declarada
- Se você apenas comprou e manteve o Bitcoin, ele precisa aparecer na sua declaração.
- A Receita exige transparência: mesmo sem movimentação, é necessário lançar a quantidade de moedas e o valor pago na aquisição.
- Essa regra vale também para quem guarda Bitcoin em carteiras digitais (wallets), fora das exchanges brasileiras.
não declarar é considerado omissão de bens, o que pode gerar multa e até autuação fiscal.
Muitos investidores acreditam que só precisam declarar quando vendem ou têm lucro, mas essa é uma das falhas mais comuns. Por isso, o acompanhamento de uma contabilidade especializada garante que todas as regras da Receita sejam cumpridas corretamente.

Em qual ficha declarar Bitcoin no Imposto de Renda?
O Bitcoin deve ser declarado na Ficha “Bens e Direitos”, pois é considerado um ativo patrimonial pela Receita Federal. Dentro dessa ficha, há códigos específicos para cada tipo de criptoativo. No caso do Bitcoin, o código correto é o 08 – Criptoativos – Bitcoin.
Veja como preencher corretamente:
1. Informe a quantidade adquirida e o valor de compra
- O contribuinte deve registrar quantos Bitcoins possui e quanto pagou por eles em reais.
- O valor informado deve ser o custo de aquisição (valor pago na compra), nunca o preço atual de mercado.
- Essa regra garante que, em uma futura venda, seja possível apurar corretamente se houve ganho de capital.
Exemplo prático: Se você comprou 0,05 BTC em 2024 por R$ 10.000, mesmo que no dia 31/12/2024 ele valha R$ 15.000, você deve lançar apenas os R$ 10.000 pagos.
2. O valor de mercado não deve ser informado
- Uma das maiores confusões entre investidores é acreditar que precisam atualizar o valor do Bitcoin anualmente na declaração.
- A Receita Federal não exige atualização pelo preço de mercado.
- Portanto, nunca substitua o custo de aquisição pelo valor atual do ativo.
Isso evita inconsistências e protege o investidor em caso de fiscalização.
3. Declare cada aquisição separadamente
- Se você comprou Bitcoins em datas diferentes e por valores distintos, cada operação deve ser declarada de forma separada.
- Isso porque, em uma eventual venda futura, o cálculo de lucro é feito com base no histórico individual de cada aquisição.
- Não é correto somar todos os valores de compra em uma única linha da declaração.
Exemplo:
- Compra 1: 0,02 BTC em 10/03/2024 por R$ 5.000.
- Compra 2: 0,03 BTC em 20/08/2024 por R$ 6.500.
➡️ Na declaração, essas operações devem ser registradas em linhas separadas dentro da ficha “Bens e Direitos”.
Esse cuidado no preenchimento evita erros comuns, como a omissão de aquisições, valores lançados de forma incorreta ou dificuldades futuras para comprovar o custo de aquisição. Nossa equipe garante que cada detalhe seja informado de acordo com as exigências da Receita Federal.
Como calcular e declarar lucro com Bitcoin no imposto de renda?
Quando o investidor vende Bitcoins e obtém lucro superior a R$ 35 mil em um único mês, surge a obrigação de pagar o Imposto de Renda sobre Ganho de Capital. Essa é uma das regras mais fiscalizadas pela Receita Federal, e qualquer erro pode resultar em multas ou autuações.
1. Entenda quando há ganho de capital
- Ganho de capital é a diferença positiva entre o valor de venda e o valor de compra do Bitcoin.
- A tributação só ocorre quando o valor total das vendas no mês ultrapassa R$ 35 mil.
- Se o total vendido ficar abaixo desse limite, o lucro é considerado isento de imposto, mas ainda deve ser declarado na ficha de Rendimentos Isentos.
Exemplo:
- Compra: 0,05 BTC por R$ 10.000.
- Venda no mesmo ano: R$ 15.000.
➡️ Lucro de R$ 5.000.
➡️ Como a venda foi acima de R$ 35 mil no mês, é obrigatório calcular e pagar imposto.
2. Qual a alíquota do imposto sobre Bitcoin?
A alíquota é progressiva, de acordo com o valor do ganho:
- 15% para ganhos até R$ 5 milhões;
- 17,5% para ganhos de R$ 5 a R$ 10 milhões;
- 20% para ganhos de R$ 10 a R$ 30 milhões;
- 22,5% para ganhos acima de R$ 30 milhões.
Para a maioria dos investidores pessoa física, a alíquota aplicada será de 15%.
3. Como calcular no GCAP
O cálculo não é feito diretamente no programa da declaração anual. Para isso, é necessário usar o GCAP (Programa de Apuração de Ganhos de Capital), disponibilizado pela Receita Federal.
- No GCAP, você informa data de compra, valor de aquisição, data de venda e valor de venda.
- O programa faz automaticamente o cálculo do imposto devido.
- Caso o imposto seja devido, ele deve ser recolhido até o último dia útil do mês seguinte à venda, via DARF (código 4600).
4. Importando para a declaração anual
Após preencher o GCAP, você deve importar as informações para a declaração anual do Imposto de Renda.
- Isso garante que todos os ganhos sejam refletidos corretamente.
- Se não houver importação, a Receita pode identificar a omissão ao cruzar dados de exchanges e movimentações financeiras.
Orientação Sol Azul Contabilidade: Muitos investidores se confundem entre isenção, tributação progressiva e prazos de pagamento do DARF. Nossa equipe garante que todo o processo — desde o cálculo até a importação para a declaração anual — seja feito com perícia técnica, evitando erros que podem custar caro.
Quais são os erros mais comuns ao declarar Bitcoin no IR?
Muitos investidores ainda cometem falhas na hora de declarar Bitcoin no Imposto de Renda, seja por falta de informação, seja por acreditarem que a Receita Federal não fiscaliza as operações com criptoativos. No entanto, os cruzamentos eletrônicos da Receita estão cada vez mais avançados, e esses erros podem resultar em multas, autuações e até investigações mais profundas.
Abaixo, os equívocos mais frequentes:
1. Não declarar a posse de criptomoedas
- Um dos erros mais comuns é acreditar que apenas quem vende ou tem lucro precisa declarar.
- A verdade é que a simples posse de Bitcoin já deve ser registrada na ficha “Bens e Direitos”.
- Mesmo pequenas quantias devem ser informadas, pois a Receita exige transparência total sobre o patrimônio do contribuinte.
2. Informar o valor de mercado em vez do custo de aquisição
- Muitos investidores lançam o valor atualizado do Bitcoin na data de 31/12, achando que essa é a prática correta.
- Porém, o que deve constar é o custo de aquisição, ou seja, o valor pago na compra.
- Informar o valor de mercado pode distorcer o patrimônio declarado e levantar inconsistências no cruzamento de dados da Receita.
3. Ignorar o GCAP em vendas acima do limite de isenção
- Vendas de Bitcoins que ultrapassam R$ 35 mil no mesmo mês e resultam em lucro precisam ser registradas no GCAP (Programa de Apuração de Ganhos de Capital).
- Ignorar essa obrigação significa deixar de recolher imposto devido, o que pode gerar multas pesadas.
- Além disso, o imposto deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte à venda — um detalhe que muitos esquecem.
4. Não organizar comprovantes de compra e venda
- Negociar em exchanges estrangeiras ou P2P (peer-to-peer) é comum, mas exige ainda mais atenção.
- Sem comprovantes organizados (extratos, notas fiscais, relatórios de exchanges), fica difícil comprovar o custo de aquisição e justificar o lucro declarado.
- Em caso de fiscalização, a ausência de documentos pode gerar problemas sérios.
Orientação Sol Azul Contabilidade: Esses erros são mais comuns do que parecem e podem custar caro. Nossa equipe acompanha cada detalhe do processo — desde a organização dos documentos até o preenchimento correto do GCAP e da declaração anual — garantindo que tudo esteja em conformidade com a Receita Federal.

Como a Sol Azul Contabilidade pode ajudar na sua declaração de Bitcoin?
A Sol Azul Contabilidade oferece um suporte completo para quem precisa declarar Bitcoin e outros criptoativos no Imposto de Renda. Nossa equipe garante orientação sobre a forma correta de declarar, evitando erros que poderiam gerar inconsistências perante a Receita Federal. Além disso, auxiliamos na organização de documentos, algo essencial para comprovar operações realizadas em exchanges ou negociações P2P.
Outro diferencial é a assessoria no uso do GCAP e no preenchimento da declaração anual, garantindo que cálculos de ganhos de capital e prazos de recolhimento de impostos sejam cumpridos sem complicações. Tudo isso com um atendimento personalizado para investidores pessoa física e jurídica, ajustando o processo de acordo com a realidade de cada cliente.
Com a Sol Azul, você não apenas declara corretamente, mas também conta com um planejamento tributário inteligente, que ajuda a aproveitar oportunidades legais, reduzir riscos e proteger seu patrimônio.
Veja também:






